terça-feira, 11 de janeiro de 2011

De mim

Há lugares nos quais só estive uma vez.
Nunca ali morei, nunca os frequentei.
Mas deles guardo até hoje
uma saudade doída,
cálida,
como se de mim fizessem parte.
Vai ver, por isso:
semidesconhecidos,
são costurados
com pedaços de sonho.
E ao lembrá-los,
de mim mesma
é que me pego sentindo saudades.

(11.01.2011)

Ingenuidade

A boniteza das coisas
não se vence fácil.

(11.01.2011)

sábado, 1 de janeiro de 2011

Graças


"Acho que tudo que fiz é válido, senão não teria feito." (Neil Young)

Obrigada, Mãe Yemanjá, pela capacidade de banhar em amor.
Obrigada, Mãe Athena, pela bravura e sabedoria do sempre resistir em essência.
Pai Oxaguiã, fortaleça o equilíbrio da guerreira que mora em mim.
Obrigada, Pai Ogum, por abrir os caminhos.
Obrigada, Saturno, por me dar pernas e joelhos fortes para trilhá-los.
Obrigada Beiji, pela capacidade de sorrir com as coisas simples quando nada mais parece restar.
Obrigada meu Anjo da Guarda, por me guiar pelas bênçãos que eu mesma possa não pressentir.

Mãe Oxum, com sua alma doce, limpe minha alma neste novo ano.
Mercúrio, meu Esposo, me leve em vôo alto e belo em suas asas.

Obrigada a todas as mulheres da minha vida, mães, familiares e ancestrais, cuja força e comunhão senti de forma tão especial nesta noite de virada de ciclo, me fazendo crer novamente no quanto estamos todas vivas, unidas, fortes e prontas.
Que a Senhora que brilha no céu nos continue a ensinar a arte de renascer sempre a cada giro da vida.

A todos e todas, meu infinito e eterno Amor.

Graças dou por esta vida, pelo bem que revelou,
Graças dou pelo futuro, e por tudo que passou.
Pelas bênçãos derramadas, pela dor, pela aflição,
Pelas graças reveladas, graças dou pelo Perdão.

Graças pelo azul celeste e por nuvens que há também,
Pelas rosas no caminho e os espinhos que elas têm,
Pela escuridão da noite, pela estrela que brilhou,
Pela prece respondida e a esperança que falhou.

Pela cruz e o sofrimento e pela Ressureição,
Pelo amor que é sem medida, pela paz no coração.
Pela lágrima vertida e o consolo que é sem par,
Pelo dom da eterna vida, sempre Graças hei de dar.

(Hinário Luterano - comp. August Ludvig Storm)

(01.01.2011)