Nas caixinhas, botões e ratos
de Drummond
está o pouco que fica:
o perfume
agridoce
da memória.
Os papéis coloridos
a casa em que me torno.
As vidas que tive
e suas dedicatórias.
Os guardanapos perdidos
presilhas quebradas
beijos guardados
e saudade curtida.
Curtida até o fim
da capa amarela
em que se consome.
Transforma-se em fleuma
brisa cordiforme
em que não tropeço.
Antes, caminho
com vento nos cabelos.
E coração bailante
na música das rotas.
(04.11.2011)
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
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