Algumas coisas, quando acabam, nos deixam meio sem chão.
Outras a gente nem percebe que terminaram. Ainda estavam ali? Puxa.
Algumas acabam e insistem em continuar lá, no meio do caminho. Vai a alma, fica o corpo.
Outras morrem, mas lhes falta a coragem de avisar. A gente é que precisa decretar o fim, sacramentar uma decisão que nem foi nossa. Dão duplo trabalho.
E tem aquelas que a gente faz de tudo pra que não morram. Respiração artificial, massagem cardíaca, choque elétrico, lágrimas, risos, súplicas. Às vezes adianta, às vezes não.
Às vezes é melhor que elas terminem, mesmo que a gente não queira. Às vezes não.
Tem coisas que, só quando acabam, é que a gente vê o baita volume que faziam na vida da gente.
E tem outras que, embora se suponha finitas, nunca terminam. Ficam escondidas, à espreita.
Quando menos esperamos, nos surpreendem. De novo e de novo.
Às vezes, em plena luz do sol. Às vezes, no silêncio do fundo do coração.
(22.08.2006)
terça-feira, 22 de agosto de 2006
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