Um dia você acorda e percebe que as coisas não são mais as mesmas.
Os móveis do seu quarto, o carpete da sala, os quadros na parede, estes são os mesmos.
Mas você tem alma que não cabe mais no espaço. Alma que questiona e que busca.
Um dia você vê que os pensamentos não coincidem. Que o coração de seus companheiros abriga momentos diversos.
Você percebe que cada passo que deu, cada desilusão que sofreu, cada tombo que levou tirou uma trava dos seus olhos.
Que a cada dia você vê mais um centímetro, um pequeno centímetro da realidade se mostrando diante de você, ainda que embaçada. Ainda que incompleta.
Você deixa de lado as ilusões e a bolha protetora das suas fantasias.
E no final de tudo, o que sobra?
A vida. Pronta para ser vivida, sem medos ou sedativos.
A vida, construção.
Bela como um mar. Sólida como um grito.
(18.04.2007)
quarta-feira, 18 de abril de 2007
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